pororocas: vozes, gritos, sussurros e silêncios

[ENCERRADO]

Porococas é um encontro entre as águas do conhecimento. Um festival que se desmembrará em um curso à distância que começa com uma série de encontros presenciais, para tornar visíveis as conexões, entrelaçamentos, confrontos e relações entre diferentes áreas de conhecimento, amplificando as maneiras de estudar e perceber os fenômenos na contemporaneidade.

Cada encontro reúne uma mesa multidisciplinar em torno de um mesmo tema.  Esses momentos irão compor o curso à distância que se divide em módulos e reúne profissionais de diferentes áreas, dentre eles, artistas, matemáticos, arquitetos, biólogos, agricultores, psicólogos, músicos, físicos, pedreiros, costureiras, designers, cineastas, marceneiros, antropólogos, astrônomos, cozinheiros, gestores…

Segundo encontro

Vozes, gritos, sussurros e silêncios

Ação Poética inicial: Lucas Sales (saxofonista) e Projeto Sonora

Ferréz – escritor e empreendedor

Silvana Jeha – historiadora

Bel Santos Mayer – educadora social

Bruno Garibaldi – artista multimídia

Luisa Puterman – produtora musical

Que vozes e expressões estão em movimento? A voz no corpo. A voz no espaço. O que estas vozes dizem? Qual é seu lugar de fala?

As vozes das pessoas, da natureza, dos invisíveis, das minorias, das maiorias e de tantos que compõe nosso ecossistema social e natural são muitas.  As expressões acontecem além dos discursos e conversas. Acontecem também pelo silêncio, acontecem marcando uma imagem na pele ou acontecem em línguas que não entendemos, mas que sentimos e compreendemos. As crianças se expressam o tempo todo por seus gestos e investigações. A natureza se expressa no aquecimento global, a floresta mostra sua voz pela nuvem de fuligem que chega até nós. As atrocidades que acontecem tem uma voz que deixam marcas irrecuperáveis

No Pororocas, vamos olhar para esses contextos e também para a importância de encontrar a palavra que cabe na boca, o desenho que cabe no corpo, a maneira de expressar o que se está querendo dizer, e a escuta ou não escuta.

O momento atual é o de reconhecer as vozes nos corpos e respeitar a voz que gera vida. Encontrar um jeito de furar os jargões, de ir além do previsível, de conseguir encontrar a expressão que nossos deslocamentos podem trazer para nossos diálogos. Tomar a fala, encontrar lugar de fala, ser escutado, escutar. Reconhecer e respeitar a voz do morador da periferia, a voz o índio, das crianças, das florestas, dos artistas e de todas as pessoas é um movimento de re-existência que queremos empreender! Como podemos fazer isto juntos?

Sonora constrói experiências de imersão a partir do som e da palavra. A organização atua em escolas, hospitais, prisões, iniciativas culturais e científicas de forma independente e sem fins lucrativos com a missão de promover o acesso a conhecimentos sobre ciência, conservação, mobilidade urbana, sustentabilidade e justiça social.

Lucas Sales é um jovem Saxofonista e Compositor que reside em São Paulo a quase 3 anos e que já teve oportunidade de aqui atuar em grupos jovens como a Orquestra Jovem Tom Jobim, através da EMESP, onde atualmente estuda além de fazer parte do Projeto Diamantes Musicais da Companhia das Cordas. Recentemente recebeu um convite para participar do festival Arcevia Jazz Feast, na Itália.

Silvana Jeha é doutora em História pela PUC-Rio. Autora do livro Uma história da tatuagem no Brasil (Editora Veneta, 2019) além de diversos artigos científicos. Escreve e pesquisa para exposições, publicações e filmes  sobre rios, indígenas, escravidão, prostituição, marinheiros, prisioneiros, acervos de fotografia e tatuagem. Atualmente realiza um pós-doc sobre a memória na obra de dois artistas que produziram em hospitais psiquiátricos: Arthur Bispo do Rosário e Aurora Cursino dos Santos.

Bel Santos Mayer é educadora social., coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário – IBEAC, co-gestora da Rede LiteraSampa, formadora de jovens mediadores de leitura. Licenciada em Ciências/Matemática e Bacharel em Turismo, tem especialização em Pedagogia Social e é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Turismo (EACH/USP), pesquisando a contribuição das bibliotecas comunitárias para o estudo das mobilidades.

Bruno Garibaldi é artista multimídia e sua pesquisa explora dispositivos de escuta, troca, acordo e tradução da linguagem da artística. Seus trabalhos transitam entre produções áudio visuais, museologias experimentais, composições sonoras e musicais. Graduado em História da Arte pela PUC-SP se especializou em fotografia de cinema pela AIC. Nos últimos anos participou de festivais, residências e exposições como: BAWF web fest – Buenos Aires, Argentina – Roma Cinema Doc – Roma, Italia; Rio Web Fest – Rio de Janeiro; Osso – Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; Moto Perpétuo – Red Bull Station, São Paulo; Área Criativa – Minas Gerais, entre outros.

Luisa Puterman é compositora, produtora musical e sound designer. Suas pesquisas e projetos exploram histórias, possibilidades, problemas e outros aspectos sobre composição e percepção sonora. Após estudar piano e outros instrumentos graduou-se em História da arte pela PUC-SP para depois se especializar em engenharia de áudio no IAV. Nos últimos anos participou de festivais, residências e exposições como: FILE – São Paulo; 18th Japan Media Festival – Tokyo, Japão; FIF – Belo horizonte; Red Bull M u s i c Academy – Paris, França; OneBeat – New Orleans/ Chicago, EUA; Novas Frequências – Rio de Janeiro; BANFF center for the arts – Banff , Canada entre outros.

Ferréz é romancista, contista, poeta e empreendedor. Considerado fundador da nova literatura marginal por ser desenvolvida na periferia das grandes cidades e tratar de temas relacionados a este universo. Dotado de linguagem influenciada pela variante linguística usada na periferia de São Paulo, Ferréz já publicou diversos livros. É fundador do 1DaSul, grupo interessado em promover eventos e ações culturais na região do Capão Redondo, ligado ao movimento hip-hop. Fundou a Ong Interferência que trabalha com crianças da Zona Sul e a editora de livros Selo Povo. Possui, também, um programa na TV 247 chamado “Ferréz em construção” onde entrevista pessoas para comentar sobre cultura. Ferréz mantém um blog na internet. www.ferrezescritor.com.br

Duração: 3 dias
Horário: quinta, das 19h às 22h
Data: 12 de setembro de 2019
Valor: Inteira: 60,00 / Meia: 30,00

Vagas limitadas