pororocas: cores: vestígios e nuances

[ENCERRADO]

Pororocas é um encontro entre as águas do conhecimento. Um festival que se desmembrará em um curso à distância que começa com uma série de encontros presenciais, para tornar visíveis as conexões, entrelaçamentos, confrontos e relações entre diferentes áreas de conhecimento, amplificando as maneiras de estudar e perceber os fenômenos na contemporaneidade.

Cada encontro reúne uma mesa multidisciplinar em torno de um mesmo tema.  Esses momentos irão compor o curso à distância que se divide em módulos e reúne profissionais de diferentes áreas, dentre eles, artistas, matemáticos, arquitetos, biólogos, agricultores, psicólogos, músicos, físicos, pedreiros, costureiras, designers, cineastas, marceneiros, antropólogos, astrônomos, cozinheiros, gestores…

 

> Quarto encontro

Cores: Vestígios e Nuances

Ação Poética inicial: Mauricio Pereira e Tonho Penhasco

Claudia Matos – chef de cozinha e terapeuta holística

Mauricio Pereira – músico e compositor

Marcelo Brito – farmacêutico-bioquímico

Fernanda Carvalho – Arquiteta e lighting designer

Edgar Jacques – ator e consultor de audiodescrição

Neste encontro vamos tratar da relação que estabelecemos com a cor em diversos aspectos da nossa vida. Quais os indícios que as cores nos trazem para percebermos o ponto certo da cebola refogada ou se uma fruta está madura ou não? Como lidar com o confronto cromático numa pintura ou com a cor-luz na construção da iluminação de uma exposição ou filme? Como é a cor para quem não enxerga com os olhos? O que as crianças se perguntam sobre as cores? Qual a significação da cor nos corpos e na cultura de diferentes etnias?

Claudia Mattos é chef de cozinha e terapeuta holística. É proprietária do ESPAÇO ZYM em São Paulo e professora de Ecogastronomia na Escola Schumacher Brasil, no movimento Slow Food e outras instituições. Desenvolve um intenso trabalho de pesquisa sobre as múltiplas dimensões para completa nutrição do ser humano. É cocriadora da Universidade das Kebradas, uma iniciativa de trocas de experiências e aprendizados práticos entre comunidades.

Mauricio Pereira é músico e compositor. Paulistano, possui 7 discos solo gravados, todos distribuídos por Tratore e disponíveis em streaming. Suas composições tem sido gravadas por artistas como Metá Metá e Maria Gadu, entre outros. Nos anos 80 criou a banda Os Mulheres Negras com André Abujamra. Nos anos 90 foi cantor do programa Fanzine, de Marcelo Rubens Paiva, na TV Cultura, e um dos pioneiros na internet, fazendo o primeiro show brasileiro ao vivo na rede. Faz palestras e oficinas sobre música, além de produzir conteúdo para cinema, teatro e imprensa. É também ator e locutor. Tem vários shows em cartaz, tanto os de seus discos autorais, quanto em parceria com artistas como Paulo Freire, Wandi Doratiotto, Arthur de Faria, Tim Bernardes (O Terno).

Marcelo Pereira de Brito é Farmacêutico-Bioquímico, formado na Universidade Estadual Paulista (UNESP-ARARAQUARA) que, atualmente, atua como pesquisador na condição de Doutorando na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Atua, desde 2010, na área de Atenção Básica passando por alguns seguimentos na área como Assistência Farmacêutica, Atenção Farmacêutica no pré-natal e doenças crônicas (hipertensão; diabetes; dislipidemia). Desde 2016, vem direcionando seus trabalhos e estudos para as Ciências Humanas e Sociais aplicadas à saúde, rumo à perspectiva interdisciplinar e à dimensão da saúde como fenômeno sociocultural e historicamente determinado.

Fernanda Carvalho é arquiteta e urbanista, mestre na área de Design e Arquitetura. É vice-presidente da AsBAI (Associação Brasileira dos Arquitetos de Iluminação). É membro do ICOM (The International Council of Museums). É membro do comitê internacional do EILD – Encontro Iberoamericano de Lighting Design. Trabalha exclusivamente com projetos de iluminação desde 2006 em escritório próprio. Participou de diversos congressos nacionais e internacionais em design da iluminação e colabora com a revista de iluminação L+D. Ministrou diversos cursos pelo Brasil, sempre com o enfoque no projeto de iluminação. Tem ampla experiência em iluminação de exposições e museus. Iluminou as exposições temporárias “Picasso e a Modernidade Espanhola”; “Mestres do Renascimento”; “Guerra e Paz”; “From the Margin to the Edge” em Londres em 2012; “Paris: Impressionismo e Modernidade”; “Mayas: revelação de um tempo sem fim”; “Paul Klee: Equilíbrio Instável”; entre muitas outras. Foi responsável pelo projeto de iluminação da 31ª Bienal de São Paulo em 2014. Entre projetos importantes em andamento estão a iluminação do Museu da Língua Portuguesa, em reconstrução após um incêndio; A exposição de longa duração do Museu Judaico de São Paulo, e o Museu da Cidade de Florianópolis.

Edgar Jacques é pessoa com deficiência visual desde os 3 anos de idade, formou-se ator pelo Teatro Escola Macunaíma, além de ter realizado cursos livres de interpretação para tv, canto, dança e dramaturgia. Edgar escreveu as peças “Um Homem Comum”, e “Colibri o Ator Cego”. Também participa do teatro cego, um projeto cujas encenações acontecem no escuro total. Dentro dele, integra o elenco dos espetáculos: Clarear, Acorda Amor e O Grande Viúvo. Em parceria com o coletivo Grão, encena a peça infantil bilingue “O Rouxinol e a Rosa”. Edgar é também consultor em áudio-descrição, tendo feito trabalhos em exposições de arte, fotografia, bem como em peças de teatro, musicais, óperas, publicidade, séries e mais de 400 filmes. 

>>EVENTOS ANTERIORES

 

> Terceiro encontro

Espaços – entre lugares e frestas

O encontro do Festival Pororocas “Espaços – entre lugares e frestas” na última quinta feira (24/10) foi um sucesso de público. Mais de 100 pessoas se envolveram com o diálogo entre Mônica Borba, ambientalista; Fabiana Cozza, cantora; Klaus Bohms, skatista; Artur Lescher, artista e Roberto Pompéia, arquiteto.
A noite começou com a presença da maravilhosa Fabiana Cozza e seu canto pleno de afetos permeado pelo cavaquinho de Henrique Araujo.
Na mesa transdisciplinar, o diálogo mostrou como pessoas tão distintas se relacionam com os espaços de modos tão singulares, e como para todos é uma premissa importante habitar esses espaços e torná-los lugares com os quais nos relacionamos com presença e com intenção.

Ação Poética inicial: Fabiana Cozza e Henrique Araujo

Mônica Borba – Ambientalista

Fabiana Cozza – Cantora

Artur Lescher – Artista plástico

Roberto Pompéia – Arquiteto

Klaus Bohms – Skatista e artista

O que acontece com o espaço fora do planeta e o espaço do ambiente no planeta? Como cuidar da vida no planeta num sistema ecológico de relações? As características climáticas, históricas e políticas fazem convites ou impõe limites que se confrontam com modos de ocupar espaços e fundar lugares. Como, nos espaços de nosso corpo, a voz habita e se expressa em fluxo? Neste encontro, vamos dialogar sobre as maneiras de ocupar o planeta com nossos corpos, que ganham movimento no confronto com a cidade. Vamos conversar sobre arte que, ao intervir no espaço, cria outras relações entre materialidades, percepções, tempos. Como construir e reconstruir estruturas que possibilitem outros modos de habitar? Como entender a natureza como um lugar que habitamos e respeitamos mesmo quando vivemos no ambiente urbano? Quais valores existem por trás disso tudo? E nossos espaços simbólicos e relacionais, como eles acontecem?

Fabiana Cozza se destaca por críticos e público uma das importantes intérpretes da música brasileira contemporânea, sua caminhada passa pelo teatro, pela dança e pela música. Cozza atuou em musicais com temática brasileira no início da vida artística, aprimorando sua expressão cênica e interpretação, qualidades que saltam aos olhos de qualquer expectador. Vencedora do Prêmio da Música Brasileira em 2012 e 2018, respectivamente “Melhor cantora de samba” e “Melhor CD de língua estrangeira”.

Henrique Araujo tem uma “levada” diferenciada, teve muita influência do choro e do universo forró pé de serra. Desde pequeno também mantinha grupos de choro e frequentava quadras e ensaios de escola de samba. Com todas essas diferentes escolas, Henrique formou-se em bandolim na antiga ULM-SP, cursou Harmonia com o professor Claudio Leal, oficinas de choro na Escola Portátil-RJ e conclui o curso de Bacharelado em Composição na faculdade FAAM.

Mônica Pilz Borba é Pedagoga, especialista em Gestão, Educação Ambiental, Agricultura Biodinâmica e Permacultora. Fundou e coordena o Instituto 5 Elementos – Educação para a Sustentabilidade, desde 1993 que em 97 recebeu o Prêmio Itaú Unicef, na categoria de material de apoio ao professor. Autora de publicações na área de educação ambiental, tais como: Coleção Consumo Sustentável e Ação – Resíduos Sólidos, Atlas para a sustentabilidade ambiental na bacia do Alto Tietê – Uma aventura pelos recursos naturais da bacia hidrográfica do alto tietê, e o Dedo Verde na Escola – Cultivando a Alfabetização Ecológica na Educação Infantil. Também ministra formações de professores em Educação para a Sustentabilidade. Foi diretora da UMAPAZ – Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz da Sec. do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo e coordenadora o projeto EcoAtivos no Instituto Alana e atua como consultora na área de educação para a sustentabilidade, orientando a construção de projetos políticos pedagógicos de forma participativa para escolas, entidades, institutos e fundações.

Artur Lescher é artista plástico e há mais de trinta anos, Lescher apresenta um sólido trabalho como escultor, resultado de uma pesquisa em torno da articulação de matérias, pensamentos e formas.Artur Lescher nasceu em São Paulo, Brasil, 1962, onde vive e trabalha. Participou das 19ª e 25ª edições da Bienal Internacional de Arte de São Paulo, São Paulo/SP, Brasil (1987 e 2002), e da 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre/RS, Brasil (2005). Expôs em diversas coletivas na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos, além de três mostras individuais, a primeira no Instituto Tomie Ohtake (ITO), São Paulo/ SP, Brasil (2006), a segunda no Palais d’Iéna, Paris, França (2017), e a terceira na Estação Pinacoteca, São Paulo, BR (2019).

Klaus Bohms é skatista de rua desde 1998, se profissionalizou em 2007 e desde então percorre o mundo com sua ‘Ferramenta de Reinterpretar Espaço’ – como gosta de nomear seu skate.Interessado em todas as formas de criação, Klaus faz seus próprios gráficos de shapes (@transver_) com pintura e colagem, e já os expôs em algumas galerias de arte em São Paulo. Fotografia, vídeo e música são suportes constantes no seu dia a dia, cria trilhas sonoras originais para vídeos de skate, dirigiu vídeos para adidas skateboarding e teve algumas fotos estampando capas e matérias de revistas. Recentemente, com intensa participação no movimento #SalveOVale, criou uma instalação de arte exposta no Red Bull Station que trata da questão do Vale do Anhangabaú e sua recente reforma, entitulada REINTERPEDRA.

Roberto Pompéia é arquiteto, trabalhou fazendo casas e escolas para várias comunidades espalhadas por esse Brasil. Se tornou professor de escola de ensino fundamental, depois de curso superior e atualmente, se dedica à formação de crianças com oficinas de geometria. As descobertas que fez sobre a simplicidade da ordem das formas o levaram a inúmeros campos do conhecimento. Esse fato provocou novas maneiras de ver as coisas possibilitando criar reflexões sobre como usualmente pensamos. Sendo assim, é convidado para mostrar essas descobertas e pesquisas para estudantes, professores e empresários mundo a fora.

> Segundo encontro

POROROCAS: Vozes, Gritos, Sussurros e Silêncios

Em setembro (12) aconteceu mais um encontro do Pororocas, reunindo o público com convidados de diversas áreas do conhecimento, para conversarmos, a partir de uma perspectiva multidisciplinar, sobre o tema “Vozes, Gritos, Sussurros e Silêncios”, sobre as muitas vozes que soam no mundo contemporâneo.

Bel Santos Mayer, Ferréz, Silvana Jeha, Bruno Garibaldi e Luisa Puterman trouxeram as experiências de suas vivências. Compartilharam conosco não as vozes das teorias e análises de seus campos de atuação. Como profissionais que têm um entrelaçamento entre suas vidas e seus trabalhos, trouxeram as vozes da vida das pessoas, das suas experiências que impregnam a vida.

Duração: 3 dias
Horário: quinta, das 19h às 22h
Data: 28 de novembro de 2019
Alunos por turma: 14
Valor: Inteira: 60,00 / Meia: 30,00